segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Adivinha neo-anglo-saxã

As adivinhas anglo-saxãs formam uma parte importantíssima do corpo de obras do período, e lança luz a elementos essenciais da cultura. Para quem curte Tolkien, elas foram a inspiração para o capítulo "Riddles in the Dark" ("Adivinhas no Escuro") do Hobbit, em que Biblo obtem o famoso anel numa disputa de adivinhas com o mosntro Gollum. Segue uma adivinha (em inglês) que compus como exercício no excelente curso online "Ancient Voices" da Universidade de Oxford, tentando seguir a forma clássica da poesia em Inglês Antigo, com versos separados em hemistíquios e aliterativos. though by my might the bold make their way daring through danger to distant lands, I also stand still while my lords stay. in whale-roads oft I wander lost to my master away from my mates when seaferers' strength iron-snake takes. in the quiet of woods of lands of the west I was born with my brothers and by men brought away. cast in exile I was in campaing unending to fight forever beating the foe along with my equals (many, but as one) thrusting foward through and through the twin lines of our troop - till I'm broken or lost or too old or lame and burnt with the logs or buried by the waves. NB: whale-road = sea, iron-snake = sword. Você consegue adivinhar quem é o "eu lírico" do poema?

sábado, 13 de julho de 2013

O Hino de Caedmon

O Hino de Caedmon é provavelmente o poema mais antigo conhecido da Língua Inglesa. Escrito originalmente em Inglês Antigo, e registrado pela primeira vez em tradução latina pelo Venerável Bede em sua Historia Ecclesiastica Gentis Anglorum, no século VIII de nossa era. Mais informações em http://www.heorot.dk/bede-caedmon-i.html.

Abaixo apresento uma tentativa de tradução para o Português, bem como o original em Inglês Antigo e a versão em Latim.

Demos o devido louvor      ao Regente da esfera celeste,
ao poder do Pai      e a seu pensamento,
pelo qual,         em sua glória,
tudo o Deus eterno      ordenou desde o princípio:

como primeiro        o Criador do Mundo
fez pairar ao alto,      sobre os filhos da terra,
o Céu suspenso, e como      o Soberano de todos,
o Deus eterno,        decretou a Terra-Média
como o quinhão dos homens,      em sua onipotência.


Versão Latina:

Nunc laudare debemus     auctorem regni caelestis
potentiam Creatoris,     et consilium illius
facta Patris gloriae:     quomodo ille,
cum sit aeternus Deus     omnium miraculorum auctor exstitit;

qui primo     filiis hominum
caelum pro culmine tecti
dehinc terram     custos humani generis
omnipotens     creavit.





Original:

Nu we sculon herigean     heofonrices weard,
meotodes meahte     ond his modgeþanc,
weorc wuldorfæder,     swa he wundra gehwæs,
ece drihten,     or onstealde.

He ærest sceop      eorðan bearnum

heofon to hrofe,     halig scyppend;
þa middangeard     moncynnes weard,

ece drihten,     æfter teode
firum foldan,     frea ælmihtig.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Regresso?

Amigos leitores,

Tento voltar à vida blogueira. Não sei se serei bem sucedido.

Desde 2011, quando fiz minha última postagem, muita coisa mudou, tanto na minha vida pessoal quanto nas minhas visões filosóficas e literárias.

Espero que gostem da nova encarnação do weblog e das pequenas "Sucatas do Ser" que pretendo postar por aqui.

abraços,
Lucas Nicolato